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Endometriose é responsável por cerca de 30 a 50 % da infertilidade feminina; especialista explica os tipos de tratamento
Endometriose pode causar infertilidade, dificultando a gravidez - Foto: Shutterstock

Saúde

Mulheres com endometriose podem engravidar? Entenda!

Endometriose é responsável por cerca de 30 a 50 % da infertilidade feminina; especialista explica os tipos de tratamento

A endometriose afeta cerca de 180 milhões de mulheres no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença é caracterizada pelo crescimento de fragmentos do endométrio, tecido que reveste o útero, em outras regiões do órgão e do corpo, como tubas uterinas, ovários, bexigas e, em alguns casos, intestino.

Além disso, a endometriose é crônica e não tem cura. Dentre os sintomas mais prevalentes estão dores pélvicas ou cólicas muito fortes, a ponto de impedir que as mulheres realizem  atividades rotineiras, inchaço abdominal, dores durante as relações sexuais, dor ao urinar e evacuar (principalmente durante o período menstrual) e fadiga.

Endometriose e infertilidade

A endometriose está associada aos fatores de infertilidade feminina. Entre 30% e 50% das mulheres com endometriose podem apresentar infertilidade. Isso porque a condição pode influenciar a fertilidade de várias maneiras:

1. Alterações anatômicas

A doença moderada ou grave geralmente leva a aderências peritubárias ou periovarianas, comprometendo a motilidade tubária e a captura do óvulo, ou seja, prejudicando a função das trompas.

2. Fatores imunológicos

O fluido peritoneal de mulheres com endometriose têm um nível anormalmente alto de citocinas pró-inflamatórias, prostaglandinas, fatores de crescimento e outras células inflamatórias. É possível que tais alterações afetem negativamente a motilidade espermática, os ovários, a fertilização, a sobrevivência do embrião e a função tubária.

3. Implantação

Estudos de perfil genético descobriram que a resistência à progesterona no nível do endométrio pode afetar negativamente a implantação do embrião. Sendo assim, para que uma mulher com endometriose consiga engravidar naturalmente é preciso considerar o grau de comprometimento dos órgãos reprodutores acometidos pela doença. 

Em muitos casos, após o tratamento, por exemplo a laparoscopia (cirurgia para endometriose), a mulher consegue engravidar naturalmente. Já em outros, pode ser necessária a realização de tratamentos de fertilidade assistida, como a FIV (fertilização in vitro).

Endometriose e congelamento de óvulos

O congelamento de óvulos para mulheres acometidas pela endometriose é indicado  especialmente quando os endometriomas estão presentes. O endometrioma é um cisto benigno que se estabelece quando as lesões acometem os ovários. Ele tende a se formar próximo ao córtex do ovário, porção do órgão onde está localizada a reserva ovariana. 

A formação do endometrioma pode prejudicar a reserva ovariana e acarretar perda folicular. Ou seja, o número de óvulos disponíveis diminui, reduzindo também a capacidade de ovulação e as chances de concepção. Segundo a médica Paula Marin, “se a mulher tem endometrioma e pretende engravidar, sua jornada pode ser desafiadora”. 

“Tanto a doença em si quanto a cirurgia para remoção do cisto colocam em risco a integridade do córtex do ovário, podendo resultar em perda de tecido ovariano saudável e redução da reserva folicular”, explica a especialista em Reprodução Humana Assistida e diretora da Clínica Venvitre.

Por isso é tão importante contar com o suporte de um especialista na área de reprodução humana para conseguir engravidar. Em caso de endometrioma, a preservação da fertilidade, especialmente o congelamento de óvulos, é a opção terapêutica que se apresenta mais adequada, antes da realização de retirada dos cistos.

“Mulheres com endometriose têm maior chance de terem dificuldades para engravidar e, portanto, precisam de tratamento de reprodução assistida. Ter óvulos congelados em idade mais jovem vai dar a elas uma chance maior de gravidez, no futuro, do que se tentarem uma fertilização in vitro, sem terem congelado gametas, apenas empregando óvulos aspirados no momento em que a infertilidade for diagnosticada”, finaliza a especialista. 

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