A alta demanda e procura por grandes shows internacionais no Brasil entre 2022 e 2023 fez com que milhares de fãs se mobilizassem em busca de um ingresso. Todavia, esse processo expôs problemas como a falta de transparência no processo de aquisição junto às tiqueteiras, situação que vem sendo investigada pelo PROCON.
O caso mais recente envolve a “The Eras Tour”, turnê de shows da cantora Taylor Swift que acontecerá em novembro, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. A busca por ingressos ultrapassou a casa dos milhões de usuários na fila, mas também trouxe à tona a facilidade de cambistas em adquirir e repassar com preços superfaturados para os consumidores, assim como o esquema de ingressos falsos.
E como o desespero em não ver o ídolo às vezes fala mais alto neste momento, a equipe da ESET, empresa de detecção proativa de ameaças, alerta sobre métodos comuns que criminosos podem usar para vender ingressos. Confira quais são!
Métodos usados por criminosos
- Sites falsos no Google: atente-se com os links que aparecem nos primeiros resultados de pesquisa. Embora geralmente sejam legítimos, os cibercriminosos conseguem aparecer com sites falsos nos primeiros resultados de uma pesquisa, seja por meio de links patrocinados ou até mesmo posicionando organicamente sites maliciosos. Por isso, a recomendação é verificar se é o site oficial e não uma réplica ou mesmo um endereço alternativo.
- Golpistas nas redes sociais: nas mídias sociais ou aplicativos de mensagens é possível encontrar pessoas oferecendo ingressos, mas é importante ter muito cuidado para não perder dinheiro. Algumas pessoas relatam que são contatadas pelo Instagram e, assim que efetuam o pagamento, os golpistas bloqueiam a vítima e apagam a mensagem.
- Revenda de ingressos em plataformas de e-commerce: dependendo do país, eles podem ser via Facebook Marketplace ou outra plataforma similar na qual os golpistas costumam oferecer a venda de entradas. Às vezes podem ser ingressos reais, mas muitas vezes não são, por isso é mais seguro usar os canais oficiais.
- Cuidado com a clonagem de ingressos: em alguns casos também já aconteceu de as pessoas comprarem seus ingressos e publicarem uma foto deles nas redes sociais, sem perceber que, ao compartilhar a imagem dos ingressos, podem expor informações sensíveis, como o código de barras ou o código QR. Fraudadores podem usar esses dados para clonar os ingressos e depois vendê-los.
Como não cair em golpes de vendas de ingressos?
Mesmo que seja frustrante pegar a fila na hora de adquirir os ingressos, essa ainda é a alternativa mais segura de não cair em golpes. “Independentemente de quais formas de enganar as pessoas que os criminosos escolhem, em cada caso específico devemos sempre ter em mente que a maneira mais segura é sempre o site oficial e que você deve evitar comprar por meios alternativos. Os criminosos sempre tentam se aproveitar da vulnerabilidade das pessoas em momentos como a prévia de um show, quando os ingressos estão indisponíveis devido à alta demanda e o desespero muitas vezes leva muitos fãs a tomar uma decisão ruim”, diz Martina López, pesquisadora de segurança da informação da ESET.
Há outras dicas também para evitar prejuízos financeiros ligados a compra de ingressos para shows. Veja quais são a seguir!
- Compre somente em sites ou plataformas oficiais informados pelo artista, ou anunciados no local onde será realizado o evento. Verifique as políticas de reputação e proteção ao comprador antes de fazer uma compra no site.
- Evite fazer transações fora das plataformas estabelecidas. Não confie em capturas de tela ou imagens digitais como prova suficiente da autenticidade das entradas.
- Use métodos de pagamento seguros e prefira cartões de crédito. Neste último meio de pagamento, é mais fácil e rápido cancelar uma cobrança fraudulenta.
- Mantenha-se informado sobre as políticas e procedimentos de venda de ingressos estabelecidos pelos organizadores dos shows. Não caia na tentação de pagar a terceiros por vantagens na fila virtual.
- Desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade. Comprar acessos a preços significativamente inferiores ao valor de mercado pode ser um sinal de um possível golpe.
